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17 de agosto de 2011

Será que os santos também se reformam?

Pensemos um bocadinho no assunto...

O dito Paraíso está recheado de santos.
Sim, suponho eu que é nisso que nos transformamos se nos portamos bem durante a vida terrena.

Mas vá... Assumindo que não. Suponhamos que existe distinção.
Se existe distinção, provavelmente, existe uma hierarquia. Certo?

E como funcionaria
uma hierarquia no Céu? Ora vejamos...

Os santos são reconhecidos em todo o lado. Santo padroeiro daqui, santo padroeiro dali...
E quem não tem uma estatueta em casa a representar um santo qualquer?
E pelo amor da santa, não vale a pena mentir!

Os anjos também são algo conhecidos. Mas nada comparável com os santos.

E das alminhas bem comportadas, quem ouviu falar?
Pois...

Portanto: almas bem comportadas no rés da pirâmide, anjos no meio e santos no topo.

Mas não faz sentido...
Aqui a minha pirâmide falha. Aliás, aqui, todo o sistema falha.
Então os santos, que estão no topo da pirâmide, são quem mais trabalha?

Será que para usufruir de uma pós-vida no Paraíso sem grande trabalho, temos que ser bonzinhos q.b?

Ou será o reconhecimento destas entidades inverso à pureza da sua vida na Terra?
Sempre me disseram que a fama tinha um preço... Poderá ser?

Então e agora? Quero uma massa populacional gigantesca a adorar-me para toda a eternidade ou prefiro ser uma alminha incógnita no Paraíso sem nada para fazer?

Vejamos.

Um santo é convocado a toda a hora. Uma alma não.
Um santo tem estátuas e crentes espalhados por todo o mundo. Uma alma não.
Um santo trabalha para toda a eternidade. Uma alma não.

Fácil!

Nova pirâmide: santos na base, anjos no meio e alminhas no topo.

Conclusão: os santos são criaturas que vivem no Paraíso, mas estiveram a um triz de ir para o Inferno.

Quanto à pergunta...
Não creio que o santo se reforme. O ser humano não tem assim tanta imaginação.

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