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8 de agosto de 2011

Rotina

Há pessoas que nos marcam só pelos seus hábitos.

Não temos que as conhecer, nem saber os seus nomes, mas de algum modo, os traços que mais as caracterizam, ou que saltam à vista, passam a fazer parte da nossa rotina diária. Não é verdade?

Um exemplo.

Todas as segundas, quartas e sextas-feiras, entre as 10 e as 11h sou brindada com o toque carinhoso e pouco sonoro da empregada na porta do meu quarto. E por "pouco sonoro", entenda-se qualquer coisa como pedras a bater em chapas de zinco.

Outro exemplo.

Quando o Homem do peixe passa à frente de minha casa, por norma, apita para chamar a freguesia. Até aqui nada de muito grave... O único senão, é que isto acontece por volta das 8, 9h da madrugada. Não é agradável...

Para finalizar...

No fim-de-semana, por norma, quem me acorda é o meu pai. O meu pai é um senhor rijo que não trata nada nem ninguém com paninhos quentes. Para ele, ser querido, é acordar-me com dois socos na porta e dois ou três berros a acompanhar. Como podem imaginar... Não é de todo simpático...

São todos pequenos episódios, que apesar de não serem meus, com excepção do último, acabaram por entrar também na minha rotina. Tornando-os um bocadinho meus.

Certo?

Se são meus, posso erradicá-los.

Certo?

Errado!

Porquê?

Porque não são verdadeiramente meus. São só manias, hábitos tolos, ou males necessários de/para quem os protagoniza.

"Então e eu?!"
Tu arcas com os danos colaterais.
"Pois..."
Isso ou espancas a empregada, processas o homem do peixe e arquitectas uma vingança gloriosa contra o teu pai.

Eu voto na segunda. ;P

1 comentário:

Verónica disse...

Acho que ficas com os danos colaterais, visto serem impostos pelos locais onde te encontras. Não os podes evitar, apenas contornar!

:D