Número total de visualizações de páginas

6 de novembro de 2012

Ana, a Mecânica.

Hoje furei um pneu.

Pronto, caus por todo o lado!

Como se troca o pneu? O carro foi limpo há pouco tempo, será que tiraram o Kit? Como raio funciona o macaco? Será que fui mesmo eu quem furou o pneu? Ai opah... a minha mãe vai ficar tão chateada... Tenho mesmo que fazer AQUELAS almôndegas espectaculares, senão estou lixada.

Contexto:

Enfim, depois do café, é hábito dar uma voltinha pela zona. Não é que haja algo novo para ver. Nem que haja algo interessante para ver. Acho que é só uma desculpa para não voltar logo para casa.
Então e onde costumamos ir?

"Opah ali aquela zona tem as estradas mais esburacadas e maltratadas de sempre. Não te parece boa ideia ir dar lá um saltinho?"

Ora o meu pai, como bom companheiro que é, disse que sim.

"Então siga!"

Lá vamos nós intercalando a 1ª com a 2ª mudança num ritmo muito pouco apelativo e tentando com o máximo cuidado evitar os buracos e, obviamente, acertando neles todos, quando o carro faz BONG!

BONG não costuma ser bom...

Mas a paisagem é tão bonita que vamos andar só mais um bocadinho. Vamos ali para aquela zona onde a estrada ainda é mais esburacada. Ali é que se deve estar bem!

Mas minutos antes, por acaso, decidimos sair do carro e caminhar um pouco. Ora portanto, o carro faz BONG, decidimos qual a paragem seguinte, mas antes de irmos de encontro ao nosso destino, caminhamos um pouco.
Quando regressamos ao carro, eu fico do lado do condutor.

Mais problemas.

Chegamos ao nosso destino e o pneu está completamente em baixo. Como se se tivesse rendido. Desistiu. Decidiu que aqueles seriam os seus últimos buracos. Não consigo não sentir alguma compaixão...

"Mas vá lá Ana... O que é que isso interessa?" Perguntam vocês.

Interessa porque quando descobrimos o pneu furado, era eu que estava ao volante!
Logo, a menina mais nova da casa e que tem a carta há bem menos tempo é que estava a conduzir. Mas terá sido mesmo comigo que o dito furou?

Pois, lá está... Não interessa muito - pensei eu.

Mas a questão da culpa nem se meteu. Foi um acidente.
Algumas horas depois, com um pneu suplente, outro a começar a queixar-se e algumas dezenas de picadelas de mosquitos, lá conseguimos regressar a casa. As almôndegas ficaram impecáveis e a D. Edna nem fez muitas perguntas.

Tudo está bem quando acaba bem.


Sem comentários: